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A Regra de Ouro da Boa Escrita: Corte Seu Trecho Favorito

16/03/2025
A Regra de Ouro da Boa Escrita: Corte Seu Trecho Favorito

O Início de Uma Jornada Literária

A regra de ouro da boa escrita. Muitos escritores começam sua jornada impulsionados por uma paixão intensa pela escrita. Foi o meu caso. Aos 12 anos, decidi que queria ser escritor e, desde então, nunca mais mudei de ideia. Embora ainda não seja famoso, consigo viver da escrita, o que já considero uma grande conquista.

Nos primeiros anos, devorei inúmeros manuais, segui incontáveis regras e tentei aplicar todas as diretrizes que encontrava. No entanto, com o tempo, percebi que muitas dessas regras apenas atrapalhavam meu processo criativo. Mas uma delas resistiu ao tempo e se mostrou fundamental: cortar sempre o trecho preferido.

Por Que Cortar Seu Trecho Favorito?

À primeira vista, essa regra pode parecer radical e sem sentido. Afinal, se um trecho é tão especial, por que eliminá-lo? A resposta é simples: o seu trecho favorito, na maioria das vezes, é o mais desnecessário.

Quando um escritor se apaixona por uma frase, geralmente isso acontece porque ali ele se esforçou ao máximo para ser brilhante. Ele buscou mostrar todo o seu repertório, seu talento e sua erudição. O problema é que, ao fazer isso, o trecho acaba destoando do restante do texto. Em vez de fortalecer a narrativa, ele se torna uma distração.

Se você sente orgulho exagerado de uma frase e deseja que os leitores a notem acima de todas as outras, esse é um forte indicativo de que, em breve, você pode se envergonhar dela. A solução? Corte sem piedade.

A Aplicação na Ficção – A regra de ouro da boa escrita

Na ficção, essa regra se torna ainda mais crucial. Imagine que você está lendo um romance. As cenas fluem naturalmente, a história avança e os personagens são bem desenvolvidos. Mas, de repente, surge uma cena arrastada. Os diálogos se estendem além do necessário, as descrições tornam-se intermináveis e um debate filosófico toma conta do enredo sem uma razão clara.

Pode apostar: essa é a cena favorita do autor.

Nas demais passagens, ele foi criterioso e conciso. Mas, nesse trecho específico, ele se deixou levar pela admiração ao cenário, pelo fascínio por um personagem ou pelo prazer de explorar um tema que lhe interessa profundamente. O resultado? Uma cena desnecessária que quebra o ritmo da narrativa.

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Muitas vezes, editores tentam cortar esses trechos, mas encontram resistência do autor, que insiste em mantê-los. O motivo é simples: o apego emocional supera o senso crítico.

Como Aplicar Essa Regra no Seu Processo de Escrita

A melhor forma de evitar esse problema é praticar o desapego. Sempre que terminar um texto, procure identificar aquele trecho que mais te enche de orgulho. Pergunte-se:

  • Esse trecho realmente contribui para a narrativa?
  • Ele mantém o ritmo do texto ou o interrompe?
  • Se eu removê-lo, o texto perderá algo essencial?

Se a resposta for negativa, corte sem medo. A escrita eficaz não é sobre encher páginas com frases bonitas, mas sim sobre transmitir uma mensagem de forma clara, objetiva e impactante.

Uma técnica útil é deixar o texto descansar por alguns dias antes de revisá-lo. Ao relê-lo com um olhar mais crítico e distanciado, você poderá perceber com mais clareza quais trechos estão exagerados e quais realmente merecem permanecer.

Outra estratégia é pedir feedback a outros escritores ou leitores beta. Muitas vezes, o que parece essencial para nós pode ser visto como desnecessário por quem lê com uma perspectiva externa. Se mais de uma pessoa apontar o mesmo problema, vale a pena considerar o corte.

O Desafio do Apego Emocional

Eliminar trechos que gostamos pode ser difícil, mas é um exercício fundamental para quem quer evoluir na escrita. Um texto forte e envolvente depende de cortes estratégicos que eliminem excessos e mantenham apenas o que realmente agrega valor à narrativa.

Lembre-se: a qualidade de um texto não está no volume de palavras, mas na precisão com que elas são usadas. Se um trecho não contribui para o fluxo do texto, ele deve ser removido, por mais brilhante que pareça.

Conclusão – A regra de ouro da boa escrita

Escrever bem é um exercício constante de autocrítica e lapidação. A regra de cortar seu trecho favorito pode parecer dolorosa no início, mas, com o tempo, se tornará um dos maiores aliados da sua escrita. Ao abrir mão do que é supérfluo, você fortalece o que realmente importa: a qualidade e a coesão do seu texto.

Se deseja evoluir como escritor, abrace essa regra sem medo. Afinal, na arte da escrita, menos é sempre mais. E o que torna um texto inesquecível não é o excesso, mas a clareza e a objetividade com que a mensagem é transmitida.

Com prática e paciência, você perceberá que escrever não é apenas criar, mas também lapidar. E, muitas vezes, o que precisa ser cortado é exatamente aquilo que mais nos orgulha. Aceite esse desafio e veja sua escrita alcançar novos patamares de excelência!

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